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Azenha de A dos Cunhados
“A Azenha de A dos Cunhados, atualmente propriedade da Pró-Memória, pertenceu durante mais de 400 anos ao morgadio de Torres Vedras instituído em 1475 por Rui Gomes de Alvarenga, destacada figura torriense que chegou a chanceler-mor do reino no tempo de D. Afonso V.
Oriundo de uma família abastada da vila, adquiriu bens por todo o concelho, incluindo várias propriedades em A dos Cunhados. Entre elas encontrava-se o casal dos Cunhados que incluía terras de sementeira e engenhos de moagem, dos quais sobreviveu a atual azenha.
O morgadio passou para a administração do seu filho primogénito Gomes Soares de Melo e, após ele, para os seus descendentes diretos, os Soares de Alarcão e Melo, poderosos alcaides-mor de Torres Vedras, que foram senhores da azenha até 1642.
No contexto da restauração da independência, D. João Soares de Alarcão, que herdara a casa dos seus avós, abandonou Portugal e colocou-se ao serviço de Filipe IV de Espanha. Como consequência deste ato, o rei D. João IV, anulou-lhe os títulos, desnaturalizou-o e confiscou-lhe todos os bens.
Após um longo processo judicial iniciado pelos condes de Avintes (a condessa era sobrinha de D. João de Alarcão), o património regressou à família em 1677 e com ele a Azenha que permaneceu na casa de Avintes/Lavradio até 23 de setembro de 1872, data em que foi vendida a Pedro Fernandes, proprietário e residente em A dos Cunhados.
Após a sua morte a Azenha passou para a viúva, D. Maria da Nazaré Leal Henriques e depois para o filho Lino Fernandes que a manteve em atividade até 1969. Após um período de abandono por parte dos proprietários, a Pró-Memória, em 2002, adquiriu o imóvel e iniciou a sua recuperação.
Nos primeiros tempos as azenhas do Casal dos Cunhados eram denominadas Azenhas de Baixo. Nos séculos XVII e XVIII, a que ficava mais próxima da povoação e que corresponde à atual passou a ser conhecida por Azenha do Meio e no século XIX chamou-se simplesmente Azenha. No século XX, enquanto os documentos oficiais recuperaram o nome de Azenha de Baixo, a população local preferiu designá-la por Azenha do Sr. Lino (Fernandes).
Atualmente, sendo património da Pró-Memória ela é conhecida por Azenha de A dos Cunhados.”
Data de edição: novembro 2012
Preço: 10,00 €
Oriundo de uma família abastada da vila, adquiriu bens por todo o concelho, incluindo várias propriedades em A dos Cunhados. Entre elas encontrava-se o casal dos Cunhados que incluía terras de sementeira e engenhos de moagem, dos quais sobreviveu a atual azenha.
O morgadio passou para a administração do seu filho primogénito Gomes Soares de Melo e, após ele, para os seus descendentes diretos, os Soares de Alarcão e Melo, poderosos alcaides-mor de Torres Vedras, que foram senhores da azenha até 1642.
No contexto da restauração da independência, D. João Soares de Alarcão, que herdara a casa dos seus avós, abandonou Portugal e colocou-se ao serviço de Filipe IV de Espanha. Como consequência deste ato, o rei D. João IV, anulou-lhe os títulos, desnaturalizou-o e confiscou-lhe todos os bens.
Após um longo processo judicial iniciado pelos condes de Avintes (a condessa era sobrinha de D. João de Alarcão), o património regressou à família em 1677 e com ele a Azenha que permaneceu na casa de Avintes/Lavradio até 23 de setembro de 1872, data em que foi vendida a Pedro Fernandes, proprietário e residente em A dos Cunhados.
Após a sua morte a Azenha passou para a viúva, D. Maria da Nazaré Leal Henriques e depois para o filho Lino Fernandes que a manteve em atividade até 1969. Após um período de abandono por parte dos proprietários, a Pró-Memória, em 2002, adquiriu o imóvel e iniciou a sua recuperação.
Nos primeiros tempos as azenhas do Casal dos Cunhados eram denominadas Azenhas de Baixo. Nos séculos XVII e XVIII, a que ficava mais próxima da povoação e que corresponde à atual passou a ser conhecida por Azenha do Meio e no século XIX chamou-se simplesmente Azenha. No século XX, enquanto os documentos oficiais recuperaram o nome de Azenha de Baixo, a população local preferiu designá-la por Azenha do Sr. Lino (Fernandes).
Atualmente, sendo património da Pró-Memória ela é conhecida por Azenha de A dos Cunhados.”
Data de edição: novembro 2012
Preço: 10,00 €
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