Plataforma de Ação Climática
Criada pela Câmara Municipal de Torres Vedras, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, a Plataforma de Ação Climática apoia projetos locais de combate e/ou adaptação às alterações climáticas. Enquadrado no Plano Municipal de Ação Climática de Torres Vedras (PMAC), o objetivo desta iniciativa passa por transformar ideias em ações que contribuam para o combate e adaptação às alterações climáticas.
Assim, a Plataforma de Ação Climática tem por finalidade mobilizar a sociedade civil e valorizar a sua participação na ação climática, propondo uma efetiva promoção do combate e adaptação às alterações climáticas, com a capacitação de entidades sediadas no concelho de Torres Vedras. Através do financiamento dos projetos, os beneficiários obtêm as condições para implementar as medidas de combate e/ou adaptação, representando um benefício para o município na preparação para as consequências das alterações climáticas, que em muito contribuirá para a prevenção da ocorrência de situações ambientais adversas delas decorrentes.
Quem pode participar?
Pessoas singulares ou pessoas coletivas de direito privado, nomeadamente, associações, coletividades, sociedades comerciais, organizações não-governamentais, de cariz ambiental, social, recreativo, entre outras.
Tipologia de projeto abrangidas:
- Campanhas de sensibilização e comunicação para informar o público em geral ou um público-alvo em particular (crianças ou jovens, idosos, população mais vulnerável, entre outros) sobre os riscos associados às alterações climáticas e medidas de adaptação;
- Capacitação e formação de técnicos e decisores de qualquer área sobre as vulnerabilidades às alterações climáticas e gestão adaptativa;
- Programas de educação ambiental dirigidos a jovens em idade escolar;
- Ações de poupança de água (doméstica, rega, entre outras) e melhoria da eficiência na utilização de recursos naturais mais vulneráveis;
- Requalificação ambiental com vista a reduzir vulnerabilidades, nomeadamente através de soluções com base na natureza (limpeza de ribeiras, recuperar galerias ripícolas, proteção de solos, arborização, recuperação de sistemas dunares, promoção da infiltração, entre outras);
- Ações de prevenção da instalação e expansão de espécies exóticas invasoras, de doenças transmitidas por vetores e de doenças e pragas agrícolas e florestais;
- Valorização da saúde, com destaque para a população vulnerável a ondas de calor e vetores de doenças;
- Ações de redução da vulnerabilidade das áreas urbanas aos fenómenos extremos (secas, ondas de calor, cheias e inundações), nomeadamente através de soluções com base na natureza.
1.ª Edição
Em 2025, foram admitidas 19 candidaturas a esta plataforma, de acordo com o Regulamento da Plataforma de Ação Climática. As candidaturas foram objeto de análise técnica pela Comissão de Avaliação, segundo os critérios estabelecidos no modelo de avaliação que constitui o Anexo III do regulamento, tendo sido cumpridos todos os procedimentos nele previstos para apurar a lista de candidaturas aprovadas para financiamento.
Deste modo, foram aprovadas para financiamento 6 candidaturas melhor classificadas (até ser esgotado o montante disponível para financiamento de €30.000 e limitado até €6.000 por projeto).
As candidaturas apoiadas são as seguintes (consultar o relatório de avaliação final nos documentos):
- Associação de pais e encarregados de educação dos alunos do Agrupamento de Escola de São Gonçalo - Oficina da Agrofloresta - Centro Educativo da Ventosa. Projeto educativo propõe o envolvimento ativo das crianças desta escola na criação e manutenção de uma agrofloresta regenerativa, preparando-as para enfrentar os desafios das alterações climáticas e da redução da biodiversidade.
- Quinta da Caria- Agrofloresta Mediterrânica da Caria. Foca-se na regeneração de um agroecossistema ripícola através da plantação de uma agrofloresta de sucessão natural.
- Quercus - Jardins Públicos Biodiversos. Consiste na requalificação de dois espaços verdes geridos pela Junta de Freguesia de União das Freguesias de Campelos e Outeiro da Cabeça.
- Sónia Dias - Ecoprojeto Fontainhas. Requalificação de um espaço natural com o objetivo de criar parcerias multigeracionais para partilha de técnicas ancestrais, conhecimento local e sensibilização para alterações climáticas e a escassez de água.
- Afonso & Nicolau - Vinhos, Lda - Sistema agroflorestal na vinha. Implementação de um sistema agroflorestal na vinha, composto por árvores autóctones e sebes vivas, com contributos diretos para a neutralidade carbónica e para a adaptação e aumento da resiliência climática do território.
- Florest - Associação dos Produtores Agrícolas e Florestais da Estremadura. Recolha e Reserva de Águas Pluviais ao Nível Doméstico. Consiste num programa de ações de (in)formação e sensibilização dirigido a comunidade escolar, que tem como finalidade sensibilizar para, simultaneamente, a importância da poupança de água e para a importância da recolha e armazenamento de águas pluviais.
Documentos da 1ª edição:
Regulamento da Plataforma de Ação Climática
Edital 72/2025 – Aprovação do Relatório Final
Relatório final
