Torres Vedras

Requalificação do Miradouro Meia Laranja

Fotografia do Miradouro Meia Laranja

PARU.07 – Reabilitação do Miradouro Meia Laranja

Operação executada

Esta operação integra o Plano de Ação de Regeneração Urbana – PARU

 

A requalificação do Miradouro Meia Laranja, situado no acesso ao Forte de São Vicente, foi um dos projetos executados no âmbito do PARU (Plano de Ação de Regeneração Urbana) e do PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano) de Torres Vedras.

Este miradouro dispõe de uma vista panorâmica privilegiada sobre a Cidade, ocupando também uma posição de charneira entre as zonas norte e sul da Encosta de São Vicente.

A intervenção teve como objetivo oferecer à Cidade um novo lugar de referência do ponto de vista urbanístico, ambiental e social. Apresentou como objetivos gerais:

  • Consolidar uma parte da rede de percursos pedonais da Encosta de São Vicente, promovendo a coesão social e territorial da Encosta e desta com a Cidade;
  • Potenciar o desenvolvimento e melhoria da estrutura ecológica dos terrenos que integram esta intervenção oferecendo à Cidade mais uma área com um caráter urbano e paisagístico estruturado;
  • Requalificar o miradouro enquanto espaço de estar e de contemplação. 

Esta obra contribui, consequentemente, para a valorização de toda a Encosta de São Vicente promovendo uma integração mais franca com a Cidade, pois foi minimizado o impacto visual de descontinuidade com o restante tecido urbano.

A intervenção no espaço do miradouro incluiu a requalificação de pavimentos, bem como do muro existente (que foi alargado e no qual foi criado um banco), a contenção da área de acesso automóvel com o reordenamento da respetiva área de estacionamento, a arborização, a instalação de uma pérgula, de uma nova iluminação pública, de mobiliário urbano, de equipamento informativo sobre a rede urbana de circuitos pedonais, de uma rede de rega e uma outra de drenagem de águas pluviais.

A requalificação do abrigo do Casal do Choupal foi outra componente da intervenção. Tratava-se de um equipamento de pequena dimensão em ruína e que se pretendeu reabilitar de forma a funcionar como abrigo e espaço de apoio a atividades ao ar livre, nomeadamente para as desenvolvidas pelo Agrupamento de Escuteiros de Torres Vedras. Contempla uma instalação sanitária, um arrumo/armário, um espaço de refeições e um espaço polivalente e é acompanhado de infraestruturas básicas, como iluminação nos telheiros, iluminação exterior, rede de águas, rede de drenagem de esgotos pluviais e domésticos. Conta com um pátio pavimentado, a partir do qual se acede a dois abrigos, e onde se encontra mobiliário urbano e um elemento arbóreo.

A partir do Miradouro Meia Laranja são implantados dois ‘braços’ de circulação pedonal que promovem a ligação entre o Bairro do Choupal, a sul, e o Bairro do Matadouro e da Floresta, a norte. Esta parte do projeto foi acompanhada de iluminação pública integrada nos passadiços. No encontro de ambos os braços pedonais com as ruas Maria Pereira (encosta sul) e do Matadouro (encosta norte), respetivamente, destaca-se a implantação de um lance de escadas metálicas envernizadas que anunciam e convidam à circulação pedonal.

Na ligação entre o miradouro e a Rua Maria Pereira, os lances da respetiva escada de betão culminam num platô intermédio perto do qual estava prevista a instalação de bancos. Na envolvente a este percurso foram plantados maciços arbustivos e elementos arbóreos autóctones de sistema seco.

Já o braço norte consiste num caminho pedonal dividido em três segmentos de pavimento, sendo enquadrado por nova arborização de espécies naturais da região. A respetiva estrutura de taludes foi otimizada e estabilizada por maciços de arbustos, também autóctones. As faixas aplanadas entre taludes foram revestidas por prados de sequeiro. Estas bolsas poderão ainda ser convertidas em talhões hortícolas e serão para isso preparadas no que diz respeito à acessibilidade e rede de água. Perto do percurso foram instalados bancos sombreados por árvores.

Finalmente, como estratégias de projeto destaca-se a aposta no uso eficiente da energia através da implantação de um sistema de iluminação pública com baixo consumo energético; bem como a implantação de um sistema de recolha de águas pluviais que não sobrecarregue a rede municipal e promova a infiltração no terreno, alimentando a rede de minas de água existente.

 

NÚMEROS

Área de intervenção: Cerca de 5.500 m2

Projeto: Gabriela Raposo

Data de aprovação da candidatura: 11-08-2020

Data de início da operação: 02-11-2017

Data de conclusão prevista da operação: 31-03-2022

Custo total do investimento: 389.043,93 € (inclui as componentes de Estudos, Pareceres, Projetos e Consultoria, Terrenos e Construções diversas)

Custo total elegível: 351.159,53 €

Apoio financeiro da União Europeia: 298.485,60 € pelo Programa Operacional Regional do Centro, Portugal2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional


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Última atualização: 17.08.2023 - 12:31 horas
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