A sétima edição do Festival de Música Antiga de Torres Vedras, por meio da qual se apelará à Paz e se dará um especial enfoque à cultura lusófona, foi apresentada numa conferência de imprensa realizada ao final da manhã de ontem, dia 21 de maio, no claustro do Convento da Graça.

Nessa conferência de imprensa a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Torres Vedras, Ana Umbelino, reiterou que o evento tem subjacente o desiderato da democratização das Artes e da Cultura, pretendendo, no seu caso, proporcionar a fruição da música por diferentes comunidades, razão pela qual tem um caráter itinerante. Nessa sequência, Ana Umbelino frisou também o facto de o festival levar à criação de momentos especiais de partilha e de comunhão, tendo inclusivamente a capacidade de juntar pessoas de diferentes geografias e mundos sociais e, paralelamente, de contribuir para o conhecimento do património cultural, principalmente do património cultural do interior do Concelho, fomentando a circulação de residentes e de visitantes. A vereadora da Cultura da Câmara Municipal destacou ainda a parceria em que assenta o evento, elogiando as entidades que estão envolvidas no mesmo e que colocam os seus recursos à disposição de uma causa maior: a acessibilidade às Artes e à Cultura pela população.

Presente na conferência de imprensa de apresentação da edição deste ano do Festival de Música Antiga de Torres Vedras esteve também o diretor artístico do mesmo, Daniel Oliveira, que frisou o condão que a Cultura tem de transformar o ser humano para melhor, sendo o festival um evento para “todos, todos, todos”, referiu, aludindo a uma célebre expressão do recém-falecido Papa Francisco.

Daniel Oliveira explanou de seguida o programa do sétimo festival de música antiga torriense, no âmbito do qual se realizarão quatro concertos: um primeiro, já na tarde deste domingo, dia 25 de maio (pelas 16h00), na Igreja do Divino Espírito Santo, em Monte Redondo, que se constituirá como um concerto pela Paz, no qual o Ensemble Corteto e o alaudista Tiago Matias, dirigidos pela maestrina torriense Alexandra Neves Fortes, proporcionarão música portuguesa dos séculos XVI, XVII e XVIII e música italiana de compositores que influenciaram a cultura nacional, sobretudo no período barroco; seguir-se-á um concerto à luz das velas, que acontecerá na noite do dia 31 de maio (pelas 21h30), no Palácio da Princesa Maria Benedita, em Runa, no qual o agrupamento AnimAntiqua transportará para o ambiente musical do século XVI, da corte portuguesa no Brasil e da diáspora portuguesa, e em que a música dialogará com a poesia camoniana, estando para o efeito prevista a participação do ator André Gago; posteriormente será a vez da recentemente requalificada Capela de Madre de Deus, na Zibreira, acolher, na tarde do dia 8 de junho (pelas 16h00), um concerto do festival, neste caso, de música barroca da autoria do génio alemão Johann Sebastian Bach, o qual será levado a cabo por intérpretes de cravo e viola de gamba, mais concretamente os espanhóis Anabel Saéz e Xurxo Varela, respetivamente; e, por fim, terá lugar na Igreja de Santa Catarina, na Ribaldeira, na tarde do dia 22 de junho (pelas 16h00), o último concerto deste ano do Festival de Música Antiga de Torres Vedras, o qual remeterá para a aculturação da música portuguesa em contexto de missionação nos séculos XVI e XVII, e será interpretado pelo agrupamento Sete Lágrimas. De referir que em todos estes concertos haverá uma breve intervenção de contextualização dos espaços em que os mesmos se realizam. As entradas são gratuitas, mas requerem a apresentação de bilhete, o qual pode ser obtido na BOL, nos postos de turismo de Torres Vedras e de Santa Cruz, no Teatro-Cine, no Museu Municipal Leonel Trindade e junto das juntas de freguesia das freguesias onde os concertos têm lugar.

Do programa da edição de 2025 do Festival de Música Antiga de Torres Vedras fazem ainda parte três atividades complementares: uma visita noturna ao Palácio da Princesa Maria Benedita, a qual será dinamizada por Alexandra Ventura e Joaquim Moedas Duarte, após o concerto que acontecerá no local no dia 31 de maio (pelas 22h30); um workshop de danças antigas, que decorrerá na Azenha de Santa Cruz, na manhã de 7 de junho (pelas 10h00), dinamizado pelo torriense Carlos Pedro Alves; e um concerto para bebés com música barroca, que se realizará na manhã do dia 14 de junho (pelas 10h00), no espaço DARCOS, e que será levado a cabo por Débora Bessa (flauta de bisel), André Barroso (alaúde) e Susana Quaresma (canto e interação).

O 7.º Festival de Música Antiga de Torres Vedras é uma organização da Câmara Municipal que conta com o apoio das paróquias e das juntas de freguesia do Concelho e a parceria institucional da Antena 2, da Cultur`Canto - Associação Cultural, do Iasfa, do CasRuna e da Associação para a Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras.

Mais informações podem ser obtidas no site da Câmara Municipal de Torres Vedras.