Torres Vedras

Presidente

Laura Maria Jesus Rodrigues

Tem 63 anos, é natural de Torres Vedras e reside em Santa Cruz.

Mestre em Proteção Integrada e licenciada em Engenharia Agronómica pelo Instituto Superior de Agronomia, dedicou 26 anos da sua vida profissional ao ensino, para o que se qualificou, nomeadamente, em Ciências da Educação e em Administração Escolar. Lecionou em escolas públicas, no Externato de Penafirme e na Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal. 

Exerceu o cargo de Diretora Pedagógica da Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal durante cerca de 13 anos.

Foi membro da Assembleia Municipal pelo Partido Socialista no mandato 2005-2009.

Integra o Executivo Municipal desde 2009, inicialmente com os pelouros de Educação e Atividade Física. Em outubro de 2017 assumiu, também, a área Financeira e a de Contratação Pública. Em dezembro de 2015 passou a assumir a vice-presidência da Câmara Municipal de Torres Vedras e a ser vogal do Conselho de Administração dos SMAS.

Meio século de liberdade

24.04.2024

A música tem o poder de unir, de cativar um grupo de pessoas a cantar a uma só voz. Esse é o poder que vemos quando se canta um hino, seja o hino de uma coletividade, o Hino Nacional ou canções que se tornaram hinos, como é o caso de Grândola, vila morena, de Zeca Afonso. Celebrar a Liberdade é recordar o percurso terrível a que um povo esteve sujeito antes de a conquistar, é contar as histórias que ainda estão por contar e as histórias que já todos conhecemos e se tornam, com o passar dos anos, numa espécie de mitologia popular. Mas celebrar a Liberdade é também rever fotografias, filmes e canções.


Sérgio Godinho cantava “a Liberdade está a passar por aqui”. Neste cinquentenário da Revolução dos Cravos podemos olhar para trás com a confiança de que a Liberdade não estava de passagem, veio para ficar. Com 50 anos, a Democracia é já mais duradoura do que o período do Estado Novo e os seus efeitos fazem-se sentir todos os dias na vida de cada um de nós.
Sentimos os benefícios de um sistema de ensino que não deixa ninguém para trás e que valoriza cada criança pelo que é e quer ser. Sentimos a vantagem que é ter um serviço de saúde público e gratuito. Sentimos a tolerância que nasce de legislação inclusiva e vanguardista que protege e inclui todos. Sentimos também a capacidade transformadora da cultura e das artes quando não há censura e quando as suas manifestações chegam a todos os lugares.
Sentimos o poder que um povo livre, soberano e que não se deixa ficar “orgulhosamente só” pode ter. O Secretário-Geral das Nações Unidas é nosso compatriota, o tratado que rege a União Europeia foi assinado em Lisboa e Portugal participa lado a lado na construção de uma Europa solidária e justa, contribuindo para um mundo melhor.


Mas para que a Liberdade não esteja de passagem é preciso que todos os dias se faça a sua construção e reconstrução. O poder local dá um contributo fundamental para a “construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno” que a Constituição prometeu a 2 de abril em 1976. A descentralização de competências permite que serviços fundamentais fiquem cada vez mais próximos dos cidadãos e que o Estado, representado pelas autarquias locais, seja cada vez mais minucioso nas respostas a problemas concretos e exigentes que se levantam todos os dias.


Que estejamos tantas vezes a trabalhar sobre o detalhe é um bom sinal. É sinal de que nestes 50 anos muito trabalho de base foi feito pelos que nos antecederam nos cargos públicos. E é sinal de que os portugueses e portuguesas exigem mais – mais Liberdade, mais Justiça e mais Fraternidade. Celebremos a atualidade dessa “transformação revolucionária” e “viragem histórica da sociedade portuguesa” fundada na madrugada de 25 de abril de 1974 e imortalizada na Constituição.

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