Torres Vedras

Filipa Correia

30.05.2019

Continua a decorrer a Oeste Infantil, a grande festa onde os mais pequenos podem brincar num mundo totalmente criado à sua medida.

No ano em que a Oeste Infantil celebra 30 edições, a comunidade educativa partilhou a sua visão sobre a Grande Festa da Criança.

Nesta sétima entrevista conversámos com Filipa Correia, psicopedagoga na Escola de Serviços e Comércio do Oeste.

Como é que a Escola de Serviços e Comércio do Oeste vive a Oeste Infantil?

É sempre com muito trabalho. Temos a gestão da turma que está a preparar o evento, temos sempre atenção e, portanto, há essa gestão humana a nível dos professores que têm de gerir os seus alunos. Todos os anos temos uma turma associada à preparação da Oeste Infantil. Normalmente é uma turma de primeiro ano e é o primeiro impacto dos alunos com a realidade laboral, quer dos alunos de animação, quer dos alunos de apoio à infância.

 

Qual é o impacto da Oeste Infantil na comunidade escolar?

É sempre uma mais valia, não só elaborar o conceito do stand, mas também a participação dos alunos no dia a dia, com os miúdos lá, tem outro impacto. E os nossos alunos ficam sempre mais ricos quando voltam da Oeste Infantil, porque têm essa experiência de terreno com as crianças, mas também têm todo o processo de elaboração que lhes dá know how para trabalhar na sua vida futura e profissional.

Este tipo de eventos tem impacto no crescimento e desenvolvimento de crianças e jovens?

A nossa escola já não vai usufruir da experiencia lúdico-pedagógica da Oeste Infantil. Vai usufruir daquilo que é promover uma atividade, elaborar o evento e tudo o que está associado ao evento Oeste Infantil. E depois a experiência relacional, com as pessoas que vão usufruir da Oeste Infantil. Porque o impacto do desenvolvimento é um impacto de trabalho, é um impacto pedagógico.

Em que altura do ano letivo começam a preparar a vossa participação?

Normalmente a Oeste Infantil faz parte do projeto de turma e está planeado desde o início do ano letivo, mas a execução é agora, dois ou três meses antes da Oeste Infantil.

Como começou o seu envolvimento com a Oeste Infantil? 

Em 2012 fui destacada para estar presente, na altura com a dra. Tânia e a dra. Joana. Aceitei o desafio e depois foram cinco anos de Oeste Infantil na comissão organizadora. [...] Sempre muito intenso, em que fechava a minha agenda na escola e dedicava-me totalmente à Oeste Infantil, quer nas montagens, quer na altura da execução.

 

Já aprendeu alguma coisa com a Oeste Infantil?

Aprendi a complexidade da organização de um evento da envergadura da Oeste Infantil e aprendi que há uma entreajuda enorme. Este trabalho de entreajuda, às vezes com algumas limitações não só de tempo, mas a nível material e até humano... Mas o impacto e a dedicação que estas pessoas têm para fazer da Oeste Infantil aquilo que é, um grande evento para as crianças.

 

Viveu algum episódio que a tivesse marcado?

Aquilo que mais me marcava na Oeste Infantil era que depois da semana de montagens dávamos todos uma volta pelos stands. [...] É sempre maravilhoso perceber a capacidade criativa e de elaboração das nossas escolas e instituições na Oeste Infantil. Poder acompanhar o esforço das pessoas ao longo da semana e depois as obras maravilhosas que elas faziam e isso era sempre um momento de grande impacto para mim.

 

Como vê a evolução da Oeste Infantil ao longo destes anos?

O que sinto é que se foram perdendo umas coisas daquilo que era o conceito original e se foram ganhando muitas outras. E neste momento temos um evento já com uma grande escala, já com muita elaboração, o que é ótimo para a experiência dos miúdos. Acho que a experiência está diferente, desde a primeira edição até agora. Mas é sempre muito marcante, porque se falarmos com adultos de 30 anos ou miúdos de 12 anos, todos se lembram da Oeste Infantil. A Oeste Infantil marca os nossos miúdos e isso é uma realidade do concelho de Torres Vedras.

 

Qual a principal mensagem que deve ser transmitida às crianças?

Acho que a grande mais valia da Oeste Infantil é a hipótese de brincar. Proporciona também um momento de ludicidade e aprendizagem, esse é o grande impacto nas crianças, e sem grande supervisão. Há essa simulação de liberdade e de experimentação que eu acho que é a grande mais valia da Oeste.

Como vê a Oeste Infantil no futuro?

Eu queria que ela permanecesse assim, com a dádiva e com este ato de generosidade que é feito pelos professores, pelas equipas educativas, pelas escolas e pelos alunos, em oferecer aos outros atividades maravilhosas como a Oeste Infantil tem.

Última atualização: 31.05.2019 - 17:37 horas
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