Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais do Concelho foi apresentado
16.05.2025

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais do Concelho foi apresentado numa cerimónia realizada na tarde do passado dia 14 de maio, no quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras.
Este dispositivo estará em funcionamento entre 1 de junho e 15 de outubro, no território concelhio, diariamente e em permanência, tendo como objetivos que durante esse período: não ocorram grandes incêndios; a área ardida seja reduzida; se reduza o número de ocorrências relacionadas com incêndios rurais comparativamente com as recentes épocas estivais; haja um baixo nível de danos e impactos decorrentes dos incêndios rurais que se venham a verificar; e se envolva as comunidades concelhias em operações de prevenção e autoproteção relacionadas com incêndios rurais. Ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais do Concelho está afeto um conjunto de entidades, nomeadamente: Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, Sapadores Florestais do Município, Brigada de Sapadores Florestais da Comunidade Intermunicipal do Oeste, AFOCELCA, Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal, Serviço Municipal de Proteção Civil, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública e juntas de freguesia do Concelho.
Na cerimónia de apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais do Concelho o comandante dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, Hugo Jorge, destacou precisamente o trabalho de parceria que é levado a cabo para a prevenção e combate a incêndios rurais no território concelhio torriense. Hugo Jorge realçou ainda a aposta na formação que tem vindo a ser realizada para esta finalidade, bem como a importância do trabalho junto da população para a redução de comportamentos de risco relacionados com a ocorrência de incêndios rurais, num território com uma grande área florestal e de mato e em que por essa razão o risco de incêndio é elevado.
Já o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Oeste, Carlos Silva, frisou o trabalho que o Município tem vindo a realizar para a diminuição de incêndios rurais no Concelho, o qual, na sua opinião, devia ser replicado em outros concelhos. Ainda segundo Carlos Silva, apesar de se ter verificado uma diminuição de incêndios rurais no Concelho em 2024 é necessário prosseguir o trabalho com vista à prevenção dos mesmos, tanto mais que este ano existe uma grande quantidade de carga combustível nos terrenos, decorrente da considerável pluviosidade que tem ocorrido.
Presente na cerimónia de apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais do Concelho esteve também a presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Laura Rodrigues, que aproveitou a sua alocução para destacar o trabalho que tem sido levado a cabo com vista à prevenção dos incêndios rurais no Concelho e ao combate aos mesmos, como: a execução nos últimos anos pelo Município de 396 km de faixas de gestão de combustível em torno da rede viária municipal e em espaços florestais; a realização de ações de fogo controlado pelo Município e pelos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, que abrangeram no ano passado e no atual uma área de 110 ha; a beneficiação de caminhos rurais que tem sido desenvolvida pelo Município em parceria com juntas de freguesia; a atualização da rede de pontos de água; a atividade das duas equipas de sapadores florestais do Município; o apoio municipal concedido aos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras para a constituição de Equipas de Intervenção Permanente e garantia de bombeiros profissionais; a constituição de uma equipa de combate a incêndios da AFOCELCA, a qual estará em funcionamento entre 15 de julho e 30 de setembro, sediada na Associação de Socorros do Ramalhal; a fiscalização realizada pelo Município e pela Guarda Nacional Republicana relativamente à execução de faixas de gestão de combustível; a sensibilização da população, principalmente dos proprietários rurais, para a redução de comportamentos de risco, que tem sido realizada pelo Município e pelas juntas de freguesia; e a implementação do projeto “Aldeias Seguras, Pessoas Seguras”, em 11 localidades inseridas em áreas críticas, o que passou pela nomeação de Oficiais de Segurança e seus adjuntos e pela colocação de sinalética para os locais de abrigo/refúgio em caso de evacuação.
Laura Rodrigues frisou ainda que durante o período estival haverá no Concelho uma forte atuação de vigilância e fiscalização sobre qualquer operação de uso de fogo, sendo que existirá “tolerância zero” para queimas e queimadas, as quais são completamente proibidas entre 1 de junho e 30 de setembro e em dias críticos (à exceção das realizadas por questões fitossanitárias, nomeadamente relacionadas com o fogo bacteriano). Nessa sequência, e a terminar a sua intervenção, a presidente da Câmara Municipal lançou o repto à população para limpar os terrenos e evitar comportamentos de risco relacionados com o uso de fogo nos próximos meses de forma a que na época estival que está prestes a começar a área ardida no Concelho seja o mais reduzida possível.