Torres Vedras

Agenda

Estágio Orquestral Darcos | Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga

Temporada Darcos 2025

24 de outubro de 2025 | sexta | 21h00

Música Filipe Quaresma

Local: Auditório Adelina Caravana, Braga

Esta atividade integra o(s) programa Temporada Darcos 2025

Após uma 1.ª edição (2023), com a Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa e o clarinetista galardoado Telmo Costa, e uma 2.ª edição (2024), com a Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, e o reputado violinista francês Gaël Rassaert, eis-nos chegados à 3.ª edição do Estágio Orquestral DARCOS, desta feita em parceria com a Universidade do Minho e o consagrado violoncelista Filipe Quaresma.

Escrito a 8 de Março de 1914, e publicado no ano seguinte, no 20.º e derradeiro número da revista Orpheu, o poema Chuva Oblíqua de Fernando Pessoa é o ponto de partida para o op.45 de Nuno Côrte-Real. A languidez spleen que percorre a VI parte do poema, assim como as vívidas memórias de uma infância evocada, são assumidas, musicalmente, por um conjunto de cores de pendor expressionista. Piano e orquestra, ora dialogam ora se confrontam, numa sucessão de ambientes quase hipnóticos.

O Concerto n.º 1 para Violoncelo e Orquestra, em Mib maior, op.107, de Dmitri Shostakovich (1906-1975) foi escrito entre junho e julho de 1959, para o seu ex-aluno, o mítico violoncelista Mstislav Rostropovich (1927-2007), sendo estreado a 4 de outubro de 1959, em Leningrado [São Petersburgo], com Rostropovich e a Orquestra Filarmónica de Leningrado, sob a direção de Yevgeny Mravinsky (1903-1988).

O concerto tem uma estrutura incomum, o 1.º andamento corresponde à I parte e os restantes andamentos, à II parte.
O Allegretto inicial é profundamente dramático, seguido de um 2.º andamento etereamente doce, concluindo num diálogo entre a celesta e o violoncelo. Segue-se a Cadenza, a cadência do solista e o último andamento, Allegro con moto, síntese do material musical anterior.

Entre junho e agosto de 1778, Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) escreveria um derradeiro tríptico sinfónico: as sinfonias n.0 39, 40 e 41. Completada a 10 de agosto, a Sinfonia n. 41, K.551, passaria à História com o cognome Júpiter, o rei dos deuses da mitologia romana (e o nome dado ao maior planeta do sistema solar).

Obra incomparável no seu género, pela mestria absoluta no domínio da forma, da inventividade melódico-harmónica, no genial contraponto que se vai desenrolando ao longo dos seus extraordinários quatro andamentos (particularmente o último, verdadeiro tour de force pela sua robusta monumentalidade, concluindo com uma fuga a cinco vozes de proporções antológicas), a Sinfonia n.41 assenta numa forma de pensar a expressividade musical já além do estilo Clássico, apontando para soluções que, anos mais tarde, e já pela mão de Ludwig van Beethoven (1770-1827) viriam a ser denominadas por Romantismo.

Programa

 

N. Côrte-Real (n. 1971)
Todo o Teatro é um Muro Branco de Música, Op.45

D. Shostakovich (1810 – 1856)
Concerto N.º 1 para Violoncelo e Orquestra,
em Mib maior, op.107 

I. Allegretto
II. Moderato
III. Cadenza (attacca)
IV. Moderato

W. A . Mozart (1756 – 1791)
Sinfonia n0 41, em Dó maior, K. 551

I. Molto allegro

II. Andante

III. Menuetto: Allegretto

IV. Molto allegro

Filipe Quaresma violoncelo

Nuno Côrte-Real direção musical

ORQUESTRA DO CONSERVATÓRIO DE MÚSICA CALOUSTE GULBENKIAN DE BRAGA

Organização: Câmara Municipal de Torres Vedras, Teatro-Cine de Torres Vedras e Darcos -  Associação Cultural.


Atividade Gratuita


Última atualização: 25.07.2025 - 14:34 horas
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