No seguimento da estratégia de combate às alterações climáticas, prosseguida pelo Município de Torres Vedras, entrou em funcionamento a mais recente instalação municipal para produção própria de energia elétrica de origem renovável, através da fonte solar, tendo sido instalada na cobertura do Mercado Municipal de Torres Vedras.

Esta central é constituída por 56 painéis fotovoltaicos, contando com uma potência total nominal de 30 kW e irá permitir uma produção prevista anual de energia elétrica de cerca de 45000 kWh, o que é equivalente ao consumo de energia elétrica anual aproximado de 13 habitações. Este sistema irá permitir uma redução de emissões de dióxido de carbono (CO2) de aproximadamente 8 toneladas/ano, significando uma poupança anual prevista, na fatura da energia elétrica, de cerca de 6 mil euros.

De destacar que já foram instalados painéis fotovoltaicos nas coberturas de 23 edifícios municipais (escolas e edifícios de serviços), perfazendo uma potência nominal total instalada de 323 kW e um investimento total por parte do Município de aproximadamente 526 mil euros.

O percurso trilhado pelo Município na área da Ação Climática, recorde-se, teve o seu início teve em 2010, com a adesão ao Pacto dos Autarcas (no âmbito do qual se assumiu o compromisso de diminuir em 20% a emissão de gases com efeito de estufa no Concelho). Em 2013, seguiu-se o Plano para a Sustentabilidade Energética (no âmbito do qual foram implementadas 45 ações que contribuíram para a superação de metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e de consumos de energia assumidas). Em 2016, foi elaborada a Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas (que resultou na identificação de opções de adaptação climática), e em 2021 foi definido como objetivo estratégico, atingir em 2050 a neutralidade carbónica no território do Concelho.

Recorde-se ainda que o Plano Municipal de Ação Climática de Torres Vedras, apresentado em 2024, que veio unificar o Plano para a Sustentabilidade Energética e a Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas, referidos anteriormente, apresenta quatro dimensões (“Descarbonização”, “Eficiência Energética”, “Transição Energética” e “Capacitação, Educação e Sensibilização”), e tem como objetivo final que em 2050 se atinja uma redução de 72% do consumo de energia (tendo como referência o ano de 2009) e de 100% de emissões de dióxido de carbono (atingindo-se a neutralidade carbónica), no Concelho.