Serviço Municipal de Proteção Civil deixa recomendações face ao novo Ano Hidrológico
29.09.2025

Para o novo Ano Hidrológico, que tem início em outubro, o Serviço Municipal de Proteção Civil recomenda a tomada de algumas medidas preventivas:
- Relacionado com a instabilidade de taludes ou deslizamentos motivados pela perda de consistência do solo
1. Acautelar, por parte dos agricultores, aquando da preparação dos terrenos, os devidos sistemas de drenagem superficiais, nomeadamente a criação e abertura de valas drenantes em zonas de maior declive, orientadas às curvas de nível e direcionadas a uma regueira de cabeceira;
2. Identificar os taludes de maior inclinação, onde mais abruptamente pode ocorrer uma rutura;
3. Observar o funcionamento das estruturas de escoamento e das estruturas de suporte para a estabilização de taludes (cortinas de cimento, gabiões de proteção, redes de proteção, etc.);
4. Prestar especial atenção aos taludes onde ocorreram incêndios florestais que, no caso de perda do coberto vegetal e, consequentemente perda de consistência, estão mais propícios a movimentos de massa;
- Relacionado com inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais
1. Verificar a funcionalidade dos sistemas de drenagem;
2. Limpar e desobstruir sumidouros, sarjetas, valetas e outros canais de drenagem, removendo folhas caídas das árvores, areias e pedras que aí se depositaram;
3. Desobstruir os sistemas de escoamento de águas pluviais dos quintais ou varandas, caves e garagens, e limpar bueiros, algerozes e caleiras dos telhados das habitações;
4. Rever sistemas de bombagem de pisos subterrâneos de edifícios;
- Relacionado com o arrastamento para a via pública de objetos soltos e desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte
1. Verificar todas as estruturas que, pelas suas caraterísticas (dimensão, formato, altura desde o solo, resistência ao vento), possam ser facilmente arrastadas ou levantadas dos seus suportes, procurando garantir que resistam aos ventos fortes;
2. Nos casos em que seja impossível garantir a segurança dessas estruturas, assegurar a facilidade de remover/desmontar as mesmas, guardando-as em locais seguros sempre que se prevejam/ocorram ventos fortes;
- Relacionado com cheias motivadas pelo transbordo do leito de alguns rios
1. Desobstruir linhas de água principalmente junto a pontes, aquedutos e outros pontos de estrangulamento do escoamento hídrico;
2. Limpar linhas de água assoreadas;
3. Proceder à limpeza de resíduos sólidos urbanos (principalmente os de grandes dimensões) que se encontrem depositados em troços marginais dos cursos de água;
4. Evitar cortes rasos de material lenhoso ardido em situações de declive intenso, nas proximidades das linhas de água;
5. Recolher ou triturar os resíduos de atividades agrícolas e florestais existentes nas margens das linhas de água;
6. Reparar desmoronamentos nas margens das linhas de água, de modo a evitar obstruções ou estrangulamentos.
Recorde-se que a limpeza dos troços de linhas de água localizadas fora dos aglomerados populacionais é da responsabilidade dos proprietários dos terrenos confinantes com as mesmas.
A ação preventiva constitui a estratégia mais eficaz para minimizar os efeitos de eventos naturais funestos, devendo cada munícipe assumir a sua responsabilidade nesse âmbito.
Mais esclarecimentos sobre a temática abordada podem ser obtidos contactando o Serviço Municipal de Proteção Civil (n.º de telefone: 261 320 764 / e-mail: prociv@cm-tvedras.pt).