Na literatura para a infância e juventude há uma poética das personagens tão  particular que é capaz de vencer o tempo permitindo aos heróis de ontem continuarem a ser os heróis de hoje e de amanhã.

Esta ação de formação não se encontra centrada apenas em conhecimentos académicos  sobre literatura para a infância e juventude, os seus autores e heróis, o que seria demasiado simplista e redutor,   mas convoca  as memórias  leitoras dos   educadores e professores participantes indo ao encontro das raízes que alimentam as suas práticas pedagógicas,  permitindo-lhes  afirmarem a sua dimensão pessoal na profissão que exercem  e recolocando-os no centro do debate do que é aprender e ensinar.

Formação acreditada de 15h00.

Objetivos: 

• Desafiar os professores e educadores a refletirem sobre a importância das leituras (todas e não apenas as da palavra escrita) que fizeram na infância enquanto ferramentas de trabalho para a mediação formal e informal dos livros;  
• Compreender a importância das “pessoas de papel”, ou seja, das personagens dos livros que leram na sua infância e juventude, na sua formação pessoal e social e nas suas práticas profissionais enquanto mediadores do livro e da leitura;  
• Perceber a intuição, a emoção e a sensibilidade utilizadas nas diferentes práticas leitoras individuais;  
•  Conhecer e trabalhar com novas pessoas de papel;  
• Aproximar, de forma inequívoca, o eu pessoal do eu profissional.

Conteúdos Programáticos: 

• O que é ler e como se dessacraliza a palavra escrita para, na vida das crianças, se dar espaço a outras “leituras”; /O que é um bom leitor; /O que é um bom mediador;/Porque é que um bom leitor se transforma, quase sempre, num bom mediador; / Como é que diferentes contextos biológicos e experienciais podem influenciar a formação de bons leitores e, mais tarde, bons mediadores do livro e da leitura. 
• Como é que os diferentes contextos sociais e políticos podem influenciar “escolhas” relativamente às pessoas de papel mas não determinam a sua morte tendo em conta que, muitas delas, apesar da história da destruição dos livros, ainda continuam vivas no presente; /Porque se mantém a ideia de uma infância quando existem tantas; / O que une e separa as infâncias de ontem e de hoje com as suas pessoas de papel; /O que une e separa as infâncias de países desenvolvidos das de países subdesenvolvidos com as suas pessoas de papel;/O que une e separa as infâncias de todos os tempos e todos os lugares.  
• Pessoas de papel: Os contos de tradição oral e as “pessoas de papel” Perrault e o irmão Grimm as pessoas de papel com as suas singularidades e encantos. 
• Apresentação individual levada a cabo pelos formandos de diferentes “pessoas de papel” determinantes na sua vida pessoal, social e profissionais resultantes das leituras que realizaram na infância, mas também das leituras realizadas hoje, enquanto professores e educadores. 
• Realização de um pequeno livro intitulado “Os meus e os teus heróis” em que constará: Título da Obra, Sinopse, Nome do autor e curta biografia / história curta das memórias leitoras daquele livro e das suas pessoas de papel. 

Esta ação é promovida pela Associação de Solidariedade Social dos Professores – Centro de Formação Alice Maia Magalhães.