Torres Vedras

Agenda

O Aqui

Dança

Até 9 de dezembro 2017 | 21h30 às 22h45

Dança

Evento já ocorrido

Local: Teatro-Cine de Torres Vedras
Destinatários: Maiores de 6

Esta atividade integra o(s) programa Este Natal compre no comércio tradicional

O AQUI
ESTE TEMPO DO MUNDO... ESTE TEMPO DE NÓS...
TEATRO CINE DE TORRES VEDRAS 

Em ano de comemorações do 10º aniversário da CiM – Companhia de Dança, a Vo’Arte revisita o espetáculo de dança pioneiro “O AQUI” com apresentações em Lisboa, Porto, Torres Vedras e Castelo Branco. Uma coprodução Vo’Arte, Teatro São Luiz e o Teatro Nacional São João.

Foi considerado pelo jornal “Público” como um dos melhores espetáculos de dança de 2009, ano da sua estreia no Teatro Camões.


|este tempo do mundo…este tempo de nós…|

ANA RITA BARATA & PEDRO SENA NUNES

O AQUI é, indiscutivelmente, uma peça de uma vida. Ainda que surjam outros projetos, outros espetáculos e pontos de vista, esta será a peça que nos despertou para um compromisso exigente de cruzamento entre linguagens − e que nos remeteu para territórios particulares dos corpos, rostos, memórias, distâncias, sombras, diferenças e aproximações entre dois mundos, um do tempo e outro do espaço, que se fundem apenas num só. 

O AQUI reúne uma equipa transdisciplinar e evoca o tempo como tema principal. O meu tempo e o tempo do ‘Outro’, numa procura constante por significados, associada às coisas comuns que nos rodeiam. Paralelamente à ideia de tempo, surgiu-nos uma base narrativa centrada na ideia do medo, medos primários que nos acompanham ao longo da vida e respetivas interpretações.

O AQUI parte do desafio que existem muitos labirintos entrepostos na nossa vida. Procuramos o lugar e o dispositivo que permitam trabalhar várias dimensões da realidade, numa descoberta constante que transcenda o processo de criação. O espaço cénico permanece como um imenso despojamento visual, que esperamos possa servir de base à criatividade de cada um. Queremos que público e intérpretes acolham uma transformação depois de terem assistido ou participado neste nosso Aqui.

O AQUI deve ser uma descoberta constante. Procuramos, nas transformações, o princípio e a forma para que cada um construa a sua própria história. Uma criação pura e extrema, repleta de tensões e movimentos antagónicos que possa gerar uma visão onde o ponto de fuga se situe para além do observador. 

O AQUI procura um humanismo absoluto que situe as questões numa narrativa envolvente e fragmentada, reflita uma intimidade e envolva a viagem da própria peça, potenciando o acesso ao vazio e ao espaço que se conquista com a velocidade e a perda de referências. Aqui celebram-se os instintos e os sentidos numa vertigem doce e por vezes cruel que transforma o palco numa arena de olhares.

O AQUI procura curto-circuitar modulações e encenações que a sociedade produz em torno das (d)eficiências, abrindo caminho a superfícies luminosas em que o tempo leva ao infinito a relação entre a espontaneidade da realidade e a construção de uma nova. O AQUI é uma peça de encontros que antecipa o nosso olhar, num ritual intemporal.

Dez anos decorridos de uma primeira iteração deste conceito, com alguns bailarinos a revisitar este tempo d’O AQUI e outros a juntar-se ao desafio, podemos mesmo afirmar que O AQUI é um espetáculo de uma década.

O tempo que passou pode até ser relativizado e construído numericamente, mas existe uma carga emocional de quem viu crescer um corpo coletivo feito de cumplicidades, obstáculos ultrapassados, limites superados, surpresas gloriosas e uma celebração humanista continuada.

(S)CiM, é essa a palavra que vale a pena soletrar com S e com C, pois abraça vários conceitos, gestos e energias. Seguramente a afirmação SIM estamos AQUI, e estamos com a Companhia CiM que atravessou dez anos, contados por muitas pessoas com quem trabalhámos e a quem devemos um profundo agradecimento. 


O AQUI é um espetáculo de dança cujo tema é o tempo. O tempo cronológico e o tempo interior, explorados através do cruzamento de linguagens, tecendo uma peça em que os sentidos e as emoções nos conduzem a um reequilíbrio constante.
Em palco, é criado um espaço de desafio, uma arena de olhares e de questionamento, que induz à reavaliação de quem sou Eu e de quem é o Outro.
O AQUI pretende ser um lugar de paragem nas modelações e encenações que a sociedade produz, numa procura constante do humanismo absoluto. Um espetáculo com uma narrativa por vezes fluida, por vezes fragmentada, onde se encontram mundos com diferentes circunstâncias de ser e de estar, onde confluem o risco e o afeto, o arrojo e a generosidade e se conquista um espaço de igualdade. 

Uma criação CiM – Companhia de Dança
Direção artística e coreografia: Ana Rita Barata
Direção artística e realização: Pedro Sena Nunes
Dramaturgia e voz: Natália Luiza
Interpretação: Bruno Rodrigues, Cecília Hudec, Diana Bastos Niepce, Diletta Bindi, Joana Gomes, Jorge Granadas, José Marques, Maria Figueiredo, Rui Peixoto
Música: João Gil
Música gravada & interpretada: Artur Costa (saxofone, sintetizadores e programações), Daniela de Brito (violoncelo), João Gil (viola e cavaquinho)
Gravação de voz: Nuno Costa
Estúdio de gravação de voz: Timbuktu
Cenografia: Wilson Galvão
Figurinos e adereços: Marta Carreiras
Desenhos e pinturas: João Ribeiro
Imagens subaquáticas: Nuno Madeira
Edição de vídeo Vo’Arte: João Dias
Direção técnica: Nuno Figueira
Direção executiva CiM: António Barata
Coordenação executiva CiM: Célia Carmona
Apoio técnico CiM: António Paiva
Produção e difusão CiM: Patrícia Soares
Direção de produção e comunicação Vo’Arte: Rita Piteira
Produção Vo’Arte: Gabriel Lapas e Beatriz Reis
Design de comunicação Vo’Arte: Petar Toskovic

Coprodução: Vo’Arte, São Luiz Teatro Municipal, Teatro Nacional São João

Agradecimentos: António Cabrita, Cristina Piedade, Pedro Ramos, Carolina Ramos, Catarina Gonçalves, Fábio Martins, Ângela Arroja, Maria João Pereira, Vasco Pinhol

Parceiros: Associação Cultural CiM, Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian – SCML


BIOS

CiM – Companhia de Dança 
Criada em 2007, tem vindo a promover uma abordagem pioneira da criação artística face à inclusão, através da dança e da imagem. A CiM – Companhia de Dança procura a diversidade de caminhos e um constante enriquecimento, com experiências onde a multidisciplinaridade surge como impulso de novos métodos e respostas à produção e exploração artísticas. Desenvolve um trabalho focado nas particularidades do movimento e expressividades únicas de cada bailarino/intérprete, potenciando através da coreografia uma visão mais criativa da ideia de capacidade e limite, revelando o humano e onde a diversidade é uma força. Com um repertório constituído por doze espetáculos – apresentados em território nacional em mais de vinte e nove cidades e, internacionalmente, em doze países distintos, com a participação de uma centena de artistas com e sem deficiência – e com uma forte componente de formação (promoveu cerca de quarenta workshops, com mais de dois mil participantes), o percurso da CiM é longo e recompensador, de grandes conquistas, partilhadas com mais de duzentos mil espectadores. 

Ana Rita Barata
Nasceu em Paris, em 1972. Estudou no Conservatório de Dança de Lisboa e no European Dance Development Centre em Arnhem, Holanda. Enquanto intérprete, trabalhou com diversos coreógrafos como Wim Vandekeybus, Steve Paxton, Samuel Louwick, Carolyn Carlson e Joana Providência. Desde 1994, como coreógrafa e diretora artística da Vo’Arte, desenvolve vários projetos transdisciplinares com Pedro Sena Nunes junto de diversas comunidades. Programa desde 2010 o InArt – Community Arts Festival, iniciativa inédita em Portugal, com diversas propostas artísticas que revelam o potencial agregador e inclusivo da arte. Participou como comissária de Dança do Projeto Saúde Mental e Arte do Programa Nacional para a Saúde Mental da Direção-Geral da Saúde, dirige o projeto Geração Soma no âmbito do programa PARTIS – Práticas Artísticas para a Inclusão Social, cofinanciado pela Fundação Calouste Gulbenkian - Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano.
Frequenta o mestrado de Comunicação Acessível do Instituto Politécnico de Leiria.

Pedro Sena Nunes
Nasceu em Lisboa. Realizador, programador e professor na área do cinema documental e experimental, realizou diversos documentários, ficções e spots publicitários. Codiretor artístico da Vo’Arte, cofundador do Teatro Meridional, é consultor e coordenador de diversos projetos culturais. Integra as equipas dos projetos europeus Fragile, Unlimited e European Video Dance Heritage. Codirige os festivais internacionais InShadow e InArt – Community Arts. O seu projeto artístico centra-se no cruzamento de pessoas com e sem deficiência numa prática artística com dimensão social. Encenador e orquestrador de diversos projetos teatrais e coreográficos. Várias vezes premiado pelos seus trabalhos cinematográficos e fotográficos em Portugal e no estrangeiro. É doutorando em artes performativas e imagem em movimento e investiga nas áreas experimentais de cruzamento entre corpo e imagem.

Crédito Fotográfico: Estelle Valente


Lotação: 400
Preço: 3
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Teatro-Cine de Torres Vedras-

Horário de funcionamento
Em dias de espetáculo:
De quinta-feira a sábado: a partir das 17h00
Exceto espetáculos ao domingo à tarde: uma hora antes do espetáculo

Av. Tenente Valadim, n.º 19
2560 Torres Vedras

261338131
teatro.cine@cm-tvedras.pt
Localização Google Maps


Última atualização: 05.12.2017 - 10:42 horas
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