Tendo presente a centralidade da língua como instrumento basilar na economia curricular, na baixa proficiência leitora de textos científicos dos alunos portugueses e nas profundas transformações comunicacionais e de acesso à informação, propõe-se nesta comunicação apresentar ações que decorreram no âmbito do desenvolvimento de dois projetos sobre leitura digital, no âmbito da Língua Portuguesa e das Línguas. Distinguidos e premiados pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundação Montepio, descrevem-se aspetos da sua implementação e ações desenvolvidas.

Ações

Ação 1 – Os e-Readers como ferramenta com grande potencial pedagógico.
Foram disponibilizados ao longo destes últimos tempos, mais de 60 e-Readers para utilização pessoal e também para a sala de aula. Cada um contem ebooks de obras literárias do domínio público e outros adquiridos.

Ação 2 – A par desta iniciativa, foram impressas e afixadas telas de clássicos da literatura lusófona, com as dimensões aproximadas de 80X110 cm. Cada uma delas tem embutidas códigos QR que, por sua vez, dão acesso a sítios de interesse relacionados com a obra o com escritor.

Ação 3 – Na terceira ação apesenta-se uma das medidas que teve maior impacto visual na escola. Tratou-se da colagem de um vinil que representa várias estantes de lombadas de livros e que tem também códigos QR associados referentes a cada uma das obras.

Ação 4 – Também a página da escola dispõe de uma área para acesso a livros digitais em vários formatos (mobi, ePub). Quer dizer que cada utilizador pode aceder e descarregar para os seus dispositivos móveis os livros do domínio público que são disponibilizados.

Ação 5 – O Pinterest como forma de exploração do catálogo e de consulta e partilha das preferências.
Construímos um espaço visual-virtual que ajudou professores e alunos a descobrir o livro pela imagem e através de uma breve sinopse. Foi também uma das formas de trazer o livro para a rede.

Ação 6 – A sala de leituras do futuro.
Decorrente de todas as ações e projetos realizados, projetou-se realizar um seminário internacional para que se criasse um espaço de reflexão em torno de novos espaços e novas dinâmicas de leitura e formação de leitores. Esta iniciativa marca o arranque da Sala de Leituras dos Futuro que está a ser desenhada pela Escola de Arquitetura da Universidade do Minho.

Formador: Paulo M. Faria  
Paulo M. Faria – doutor na área das Ciências da Educação, especialidade Tecnologia Educativa pela Universidade do Minho, onde desenvolveu a sua investigação e lecionou na área da formação inicial de professores. Possuiu o mestrado em Literatura Portuguesa pela mesma universidade. Obteve o diploma de Estudo Avançados em Políticas Educativas pela Universidade de Salamanca. Recentemente, concluiu o curso de Pós-gradução em Gestão de Bibliotecas Escolares.
Foi professor de latim e, atualmente, leciona Português no Ensino Básico e Secundário. Tem aprovado o seu projeto de Pós-doutoramento no domínio da leitura digital.