Inauguração de exposição, interpretação de canções e partilha de memórias na primeira pessoa alusivas ao 25 de Abril, com um elenco de convidados e a moderação de Ana Meireles e Carlos Guardado da Silva.

Numa madrugada de Abril de 1974, derrubavam-se os muros da ditadura que se mantinha há longos 48 anos, dando-se início à denominada “terceira onda de democratização”.

Nesta noite de Abril, numa partilha de memórias, vamos mergulhar no silêncio e na miséria de um País amachucado e pobre, pouco mais do que tolerado nas suas relações internacionais porque visto como um lugar de sombras, falar dos riscos azuis e vermelhos nas páginas dos livros e dos jornais, das prisões e mordaças, do desastre cultural, moral e sociológico que mais não era que o resultado da opressão em que se vivia, mas também da luta e resistência e d’as portas que Abril abriu, com o gesto e a palavra ora libertos. E porque para fazer uma revolução não bastava debruçar-se sobre uma varanda a gritar palavras de ordem e porque a cantiga era uma arma, vamos ouvir as vozes de Cristina Santos e Andreia Matias e o trinar da guitarra portuguesa por Fernando Silva e da viola por Gilberto Silva, recordando as velhas canções de liberdade que procuravam acordar o Portugal adormecido e lançar as sementes do Futuro.