Agenda
10. 10. 10. Arte entre Cidades
Circuito de Arte no Espaço Público | Exposição
Até 31 de dezembro 2018
Evento já ocorrido
Local: EN 9, entre Torres Vedras e Alenquer
Esta atividade integra o(s) programa Cidade Europeia do Vinho 2018 | Torres Vedras/Alenquer
Neste contexto integrar-se-ão intervenções na paisagem e em estruturas de transformação dos recursos naturais da região, que demarcam uma narrativa de contextualização à temática do vinho. Aspira-se assim a uma ideia de promenade territorial que introduz ao observador uma revisão de locais, ou costumes, através da intervenção artística sobre um fundo arquitetónico em contexto rural ou urbano.
Local: Praça Wellington, Torres Vedras
Artista: Teresa Henriques
Título: Gina Lollobrigida
Esta peça – a secção de um balão - explora uma possibilidade espacial e escultórica de um reservatório de vinho. A construção formal, quase mimética, desta tipologia de reservatório existente no contexto das adegas a partir do fim dos anos 1960 sugere reflexões sobre o que entendemos como objeto, escala, matéria e implantação.
O adobe mantém a peça próxima do território "do que vem da terra". A sua implantação oferece ao observador um olhar alteado sobre o balão, relacionando-se com o seu lugar real, e transporta essa ideia de espaço para o local da sua implantação – o embasamento do Largo Wellington.
Local: IVV - Instituto da Vinha e do Vinho, Rua Cândido dos Reis, Torres Vedras
Artista: Os Espacialistas
Título: VIDE - Ver, Imaginar, Desenhar, Espacializar - Os Espacialistas na Apanha do Vazio
VIDE é um projeto de re(h)abilitação artística e arquitetónica que transforma a cabine e o tabuleiro da balança de pesagem das uvas, situada no largo de entrada do IVV de Torres Vedras, numa caixa métrica do vinho, enquanto lugar performativo de experimentação e encontros a diferentes escalas; onde a arte se in(ve)stiga com a arquitetura, a história com a experiência estética contemporânea e a imaginação da memória com o jogo e a educação; onde o vinho - o leite dos pobres - é o principal material de construção e os espaços recipientes a ele associados - co(r)po, garrafa, depósito - pesam o vazio deixado pela desativação dos espaços envolventes, dão corpo à obra lúdica e embriagada a construir e refletem a memória do museu do vinho adiado desde 1940, que aparecerá no lugar da balança sob a forma de “Petit Cabanon du Vide”, enquanto miniaturização consciente da grandeza da paisagem torriense.
Local: Adega Cooperativa da Carvoeira, Estrada Nacional, Curvel, Carvoeira
Artista: Ayelen Peressini
Título: _common_grounds
A implantação de três esculturas em diferentes espaços do edifício do IVV, integrado no complexo da Adega Cooperativa da Carvoeira, sugere uma promenade e reconhecimento espacial.
Cada objeto escultórico valoriza o espaço que integra, ao mesmo tempo que sugere uma apropriação, por parte do visitante, das diversas relações estabelecidas entre escalas, afastamentos, extensões e altimetrias que a diversidade construtiva existente oferece. O contraste da ideia de edifício "latente" (pré-ruína) com a obra artística "refletora" e contemporânea sugerem um diálogo entre tempos e realidades.
Representam o resultado da pesquisa contínua sobre a confluência entre arte e arquitetura, a instalação pretende ser um espaço passável que gera o efeito experiencial da entidade humana passando por um determinado espaço alocado.
Local: Winegros (antiga Adega Cooperativa de Olhalvo), Quinta da Baia, Olhalvo, Alenquer
Artista: Ramiro Guerreiro
Título: Sem Título [Um Tanque Sem Fundo]
A intervenção na Adega de Olhalvo surge de um momento específico no processo de vindimas - a pisa da uva feita por um grupo de pessoas dentro de um tanque.
A partir desta prática, caída em desuso salvo raras exceções, pretende-se convocar a ideia de reunião e congregação. A peça mostra-se como a sugestão de um tanque a partir dos seus limites verticais, quase-muros forrados a azulejos no interior. Para além deste tanque, aberto num dos topos e sem fundo, a intervenção inclui ainda dois bancos corridos onde os visitantes se poderão sentar.
Local: Rua Serpa Pinto, Junto à Torre da Couraça, Águas, Alenquer
Artista: António Bolota
Título: SÓBRIO E ÉBRIO
O esforço da vindima é como que uma convocatória que procede ao momento inicial da preparação das vinhas, assim como antecede o desfecho: celebrar com o vinho.
Dois reservatórios tubulares diferentes, um reto (trabalho) outro fletido (comemoração), reforçam esse ritual de preparação e proveito: o sóbrio e o ébrio.
Em resumo, é um gesto que contém esses dois mundos relacionados.
Local: Rua Serpa Pinto, Junto ao Museu do Vinho, Alenquer
Artista: Inês Teles
Título: Pinturas sobre estruturas de crescimento
A reflexão sobre as características da indústria vinícola, desde a criação de estruturas contínuas de suporte à vinha, bem como o tempo de produção e maturação do vinho, direcionaram este projeto para a criação de uma construção capaz de suster outras imagens, outros objetos voláteis. O contexto urbano, marcado pelas tendas do mercado mensal, fábrica de tecidos e a vivência de Alenquer, torneiam esta instalação composta por uma estrutura em ferro, rígida e assimétrica.
Biografias
Curadora
Gabriela Raposo é licenciada em Arquitectura, mestre em Cenografia e doutorada em Arquitectura. Além da prática da arquitectura dedica-se à temática da relação da arte contemporânea com o espaço arquitetónico através da escrita de artigos, curadoria de exposições e participação em conferências. Deu aulas no IADE em Lisboa e no DARQ – Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra.
Artistas
António Bolota
António Bolota começou a expor em meados dos anos 90, trazendo para o universo artístico saberes oriundos da Engenharia, área onde radica a sua formação. Um conjunto de conhecimentos técnicos são convocados na criação de esculturas que se confrontam com o espaço para onde são construídos ou que se fundem com a própria arquitetura. Em 2008 concluiu o Curso Avançado no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual. Mora e trabalha em Lisboa.
Ramiro Guerreiro
Ramiro Guerreiro frequentou o curso de arquitetura na FAUP de onde saiu para estudar na MAUMAUS. Tem exposto regularmente em Portugal e no estrangeiro desde 2005, ano em que foi vencedor do prémio BES revelação e de uma menção honrosa no prémio EDP novos artistas. Fez residências artísticas em Madrid, Paris, Marselha e Berlim.
Teresa Henriques
Teresa Henriques vive e trabalha em Lisboa e Nova Iorque. Mestrado em Belas Artes pela School of Visual Arts, Nova Iorque (bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian e da FLAD – Fundação Luso Americana para Desenvolvimento). Programa de residência na Location One, Nova Iorque (bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian e da FLAD – Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento). Curso de Live-Painting na Slade School, Londres. Curso de Escultura AR.CO, Lisboa.
Os Espacialistas
Os Espacialistas é um projeto laboratorial de investigação teórica e prática das ligações entre Arte e Arquitectura com início de atividade em 2008.
Substituem o lápis pela máquina fotográfica, enquanto dispositivo de desenho, de pensamento, de perceção e de diagnóstico do espaço natural e construído, cujas ações são reguladas pelo Diário do Espacialista e auxiliadas pelo “Kit Espacialista Por/táctil” que transportam consigo.
Ayelin Peressini
Ayelen Peressini é natural de Argentina (Buenos Aires, 1986). Licenciada em Belas Artes pelo Departamento de Escultura pela Faculdade de Belas Artes UCM - UB - FBAUL (2011). Mestre em investigação e criação artística pela Universidade de Barcelona (2016). Desde 2012 trabalha em projetos transdisciplinares entre as áreas da arte, desenho e arquitetura.
Inês Teles
Inês Teles é uma artista portuguesa, residente em Lisboa. Licenciada em Pintura na FBAUL, prossegue em 2010 os estudos em Londres, com uma pós-graduação na Byam Shaw, na Central Saint Martins e um Mestrado na Slade School of Fine Art, na UCL. Inês Teles expõe regularmente em Portugal e no estrangeiro.
Atividade Gratuita