O Centro de Educação Ambiental de Torres Vedras, em parceria com a Águas do Tejo Atlântico, proporcionou no passado dia 14 de janeiro uma formação denominada “Os peixes de água doce do concelho de Torres Vedras - como garantir a sua sobrevivência”.

Esta atividade, que contou com 13 participantes e foi orientada por Carla Sousa Santos (bióloga, investigadora pós-doutorada do MARE/ISPA), dividiu-se em dois momentos, tendo o primeiro consistido numa sessão teórica que se realizou no espaço do Centro de Educação Ambiental de Torres Vedras durante o período da manhã. Nessa sessão foi apresentada uma breve história evolutiva dos peixes de água doce na Península Ibérica, tendo sido explicados diversos termos técnicos relacionados com a respetiva temática como: taxonomia, biologia e ecologia das espécies, áreas de distribuição atuais, principais fatores de ameaça à sobrevivência das espécies, conservação (abordagens in situ e ex situ), métodos e técnicas de amostragem científica.

O segundo momento da atividade consistiu numa sessão prática, a qual teve lugar no Parque Verde de Runa durante o período da tarde. Na ocasião foi efetuada uma demonstração da técnica de amostragem científica de ictiofauna nativa com recurso a pesca elétrica, em que se abordou os principais parâmetros a avaliar em monitorizações deste género faunístico: identificação das espécies capturadas, pesagem e medição dos exemplares, presença de parasitas externos, recolha de escamas para determinação da idade e recolha de amostras para análise genética. A finalizar a atividade os peixes nativos capturados foram devolvidos ao seu habitat natural.

De referir que desde o dia de realização da mesma está patente ao público, no Centro de Educação Ambiental de Torres Vedras, a exposição Ictiofauna nativa dos rios da região Oeste.

Com esta exposição, que pode ser visitada até 17 de fevereiro, a qual foi criada no âmbito do Projeto “Peixes Nativos” e é proporcionada em Torres Vedras com a parceria da Águas do Tejo Atlântico, pretende-se dar a conhecer a referida ictiofauna e sensibilizar para a necessidade de implementar medidas que minimizem o seu atual risco de extinção.

A exposição Ictiofauna nativa dos rios da região Oeste itinerará futuramente por várias localidades do país, promovendo a literacia ambiental em matéria de preservação e valorização dos ecossistemas fluviais e da Biodiversidade a eles associada.