“Advogado desde 1976, licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e jubilado ao fim de quase quatro décadas de exercício da advocacia, tem tido um percurso de vida extraordinariamente rico na sua multiplicidade de interesses, sempre se entregando com grande paixão de todas as áreas de criatividade e de cidadania em que se envolve.

Há uma linha demasiado ténue a separar a criatividade da cidadania. Sempre que se cria, que se constrói e que se expressa um sentimento através da criação intelectual e artística, na verdade, expressa-se uma atitude - define-se um posicionamento perante a vida. Um artista, um ser criativo como António Manuel de Moraes, faz da sua vida, através da sua obra, um verdadeiro livro aberto, através do qual se lê a sua alma, a sua natureza íntima e se lê a vida do ponto de vista do seu olhar. Ao longo da vida, para além da advocacia, há quatro áreas onde se foca particularmente, e que definem o seu campo de interesses: o Associativismo, a Tauromaquia, o Fado e a História de Portugal.

Desde a adolescência, começa a escrever poesia, e até hoje, a sua verve poética está presente no seu dia-a-dia (…) o Romance "Rio Lugenda", baseado no período que antecedeu o eclodir da guerra na ex-colónia e que se estende até à independência de Moçambique. Não será certamente alheio a este romance o inevitável impacto que teve na sua vida, aos 22/23 anos, a passagem pelos Ranqer's e pelos Grupos Especiais no Norte de Moçambique, no pico da guerra colonial (…)."