Torres Vedras

Agenda

Concerto de Natal

Até 16 de dezembro 2022 | 21h30

Música

Evento já ocorrido

Local: Átrio do Edifício Multisserviços da Câmara Municipal de Torres Vedras

Esta atividade integra o(s) programa Este Natal compre no comércio tradicional

A palavra natal vem do latim, natalis, do verbo nascor, nascer. Não é possível concluir em que ano a Igreja Cristã primitiva instituiu o dia 25 de dezembro como a data para celebrar o nascimento de Jesus. Mas tendo em conta que o dia  25 de março é a Festa da Anunciação (quando o Anjo Gabriel apresentou-se diante da Virgem Maria, comunicando-lhe que no seu ventre germinava uma criança, filha de Deus), 9 meses depois estamos em dezembro. Mais ainda, se a Anunciação coincide com o equinócio da Primavera, o Natal coincide com o solstício de Inverno.

Muitas das tradições pagãs associadas a este último foram sendo assimiladas, passando a fazer parte do Natal tal como hoje o concebemos. Da Saturnália (festival romano em honra do deus Saturno), vieram a troca de presentes e o hábito de decorar pinheiros. Das festividades celtas, o madeiro e as coroas de flores.

André Baleiro é um dos barítonos mais inspirados da sua geração. De timbre caleidoscópico, e gosto musical irrepreensível, tem somado prémios internacionais nos últimos anos, vencendo o 17º Concurso Internacional Robert  Schumann (2016), Prémio Most Promising Talent do Concurso Internacional DAS LIED (2017), Prémio Cultural Theodor Heuss (2017) e o Concurso SWR Young Opera Stars (2019).

Ao longo dos  séculos, a música, particularmente as canções, foram ganhando um espaço próprio nas celebrações natalícias, veiculando uma série de metáforas. Jesus é o Redentor da Terra, segundo o 1º  hino de Natal conhecido (séc. IV), o Alfa e Ómega [o princípio e o fim], uma rosa em flor, o sol invicto. Todos são convidados a ir adorar o Menino, tal como os  pastores de Belém, a partilharem o seu pão com os mais desafortunados mas, igualmente, a tocar os sinos de alegria, a fazerem bonecos de neve ou a empanturrarem-se com doces. Como diz a versão portuguesa, “Noite feliz! Noite de amor! Entre os astros que espargem a luz, proclamando o menino Jesus, brilha a estrela da paz!”.


Obras de Strauss, Debussy, Ravel, Wolf, Rautavaara,  Lopes-Graça, entre outros.

 

Barítono: André Baleiro
Piano: Helder Marques

 




Atividade Gratuita


"Nesta nova edição da Temporada Darcos, propomo-nos seguir a linha que tem norteado as temporadas anteriores: grande música, grandes intérpretes, mas procurando sempre pontos de contacto entre diferentes tradições, privilegiando o ecletismo e a inclusão. Por isso, desta vez escolhemos o lema da união pela música. Num mundo ainda muito desunido, dividido pelas políticas, pelas religiões, pelas desigualdades e pelos abomináveis racismos, cabe à arte proclamar bem alto que o único futuro sustentável é o da união.

A união pela paz, pelo amor, pelo planeta e pela liberdade. A união dos povos. Nós e os outros, duas realidades diferentes, mas na utopia que desejamos para o mundo as diferenças esbatem-se e convergem numa única realidade. É com esta convicção que a Temporada Darcos apresenta o seu projeto de fusão entre o fado e a música tradicional afegã, através da colaboração entre o Ensemble Darcos e o ANIMP (Afghan National Institute of Music), com o fadista Marco Oliveira e o guitarrista Miguel Amaral. Segundo o mentor e diretor do ANIMP, Dr. Ahmad Sarmast, dezenas de jovens estudantes afegãos fugiram ao terrível regime Talibã, viajando 6.592 quilóme-tros para poderem ter um futuro, e para que a música tradicional afegã pudesse sobreviver. Parece-nos triste e paradoxal que uma tradição milenar necessite do exílio para garantir a sua existência e preservação…

Também sob a égide da união, e visando criar pontes culturais de índole humanista, o mais ambicioso projeto da Temporada Darcos, Europa Sinfónica, será finalmente retomado (em suspenso desde 2020 devido aos anos de pandemia), com a primeira visita a Portugal da Orquestra da Ópera Estatal da Hungria, um dos mais antigos e prestigiados agrupamentos musicais europeus, e com a Orquestra da Toscana, instituição capital daquela região italiana, com sede em Florença. Estes dois programas terão como solistas os aclamados artistas portugueses António Rosado e Eduarda Melo. O ano de 2023 verá ainda nascer o projeto Folias, terceiro livro da série para coro e instrumentos, Novíssimo Cancioneiro, de Nuno Côrte-Real, desta vez inteiramente dedicado às danças portuguesas, reper-tório rico e variado que é mister revitalizar com vista a uma maior presença artística no panorama contemporâneo.

De destacar, por último, a estreia do projeto de fusão estética entre o jazz e o clássico, Nas asas do indefinido, com o Ensemble Darcos e a internacional cantora portuguesa Maria Mendes, procurando caminhos de fusão e desco-berta entre aqueles dois mundos distintos. Podíamos projetar neste último projeto musical, como exercício para as nossas próprias vidas, o caminho que a humanidade parece cada vez mais estar a necessitar: tomar o oposto, o contrário, o aparentemente inconciliável, e conciliá-los; entender as diferenças, aceitar as distinções, compreender as essências, e num desejo sincero de harmonia, conceber um horizonte onde a natureza varia do Homem possa existir pacificamente e sem mácula. Utopia, nunca te esqueceremos!" Nuno Côrte-Real

“A cultura é o grande observatório do humano” José Tolentino Mendonça (2021)

Na sua 16ª edição, a Temporada Darcos propõe um programa artístico que elege “A união pela música” como impulso e horizonte. Longe de constituir um cliché semanticamente esvaziado pela repetição, a afirmação prefigura um manifesto pelo direito a construir uma nova narrativa do futuro.

A Temporada Darcos enraíza-se num movimento cultural agregador de matriz cosmopolita que promove o encontro entre “diversidades”, aprofundando o diálogo, a cooperação e a participação cidadã. Repousa na profunda convicção de que as Artes e a Cultura – conceito poliédrico – devem assumir um papel central e não ornamental no âmago de qualquer projeto de desenvolvimento territorial. Ao longo da sua trajetória, um sistema capilarizado de relações tem sido delicadamente tecido, dirimindo distâncias entre instituições, coletivos artísticos e comunidades.

Na sua dimensão processual, a Temporada Darcos concorre para a edificação de uma ecologia de práticas colaborativas que, assentes na mutualização de experiências, conhecimentos e competências, aportam inovação e abrem caminho a diálogos fecundos materializados em projetos comuns.
Enquanto movimento fortemente comprometido com a educação, inequívoca alavanca de transformação, a Temporada Darcos tem contribuído para salvaguardar a acessibilidade a um patri-mónio artístico em permanente (re) criação e avigorar a literacia musical de uma “vasta maioria”.

A música, na sua pluralidade de expressões, é um universal de cultura, uma linguagem de convergência que nos projeta num espaço identitário partilhado. Em tempos marcados pelo desencanto, incerteza, fragmentação, dissolução e insularidade, a música, mais do que uma experiência salvática, hiperbolicamente escapista, ou de estrita e efémera fruição estética, oferece a possibilidade de pensar novas formas de habitar o mundo, de ousar outras vidas em comum." Ana Umbelino

Direção artística
Nuno Côrte-Real

Consultoria
Afonso Miranda

Projetos especiais
Vanessa Pires / Artway

Textos
José Bruto da Costa

Produção executiva
Bruna Moreira

Assistente de produção
João Barrinha

Gestão de apoios
Jorge Reis

Relações públicas e assessoria de imprensa
Débora Pereira

Contabilidade
Luís Silvestre


Imagem gráfica
Olga Moreira a partir de fotografias de Jorge Carmona


Comunicação e imagem
Câmara Municipal de Torres Vedras

Última atualização: 13.12.2022 - 11:05 horas
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