Programa

14h30 | Apresentação dos projetos em histórias de vida:

• “No coração da minha infância”

Projecto que  nasce da necessidade de ouvir  o que cada um guarda do tempo em que foi criança, visando trabalhar sobre as canções de berço e de roda, as alegrias do    eixo ribaldeixo e do arco, a quietude e o silêncio  por entre as carteiras da sala de aula e junto ao quadro negro da escola. 
Nesse  jogo de memórias é certo que  vão chegar algumas imagens que  impedirão  de sorrir. Mas lá estaremos, inteiros! E na linha do horizonte o nosso testemunho a lembrar o futuro. O futuro ainda!

Parceria: Clube Sénior de Torres Vedras

• “Anotar os Dias – Os abraços da Lua”

Projeto para a criação de um Museu Regional de Recordações.
O Projeto pretende trabalhar as histórias de vida no sentido de traçar o perfil do povo do Concelho de Torres Vedras através das suas lembranças. Este ano vamos estabelecer no horizonte das nossas recolhas “Viver sem luz elétrica”, investigando as memórias e tradições do povo que criou os seus ditados, afinal “De noite, à luz da candeia, até a burra parece donzela”e inventou as suas histórias para combater o medo do escuro.
Parceria: Clube Sénior de Torres Vedras

- Coro de leitura de excertos do trabalho em Histórias de Vida levado a cabo por alunos do 5.º H, da EB Padre Francisco Soares, sob coordenação da Prof. Odilia Piteira.

16h00 | Visita à Fàbrica das Histórias- Casa Jaime Umbelino para inauguração das Exposições "Tudo e mais alguma coisa", "Livro de Retalhos", "Quarto Escuro" e "As avestruzes não entram nos contos de fadas

“ Livro de retalhos”
Exposição dos trabalhos que decorrem do Projeto em histórias de vida "No coração da minha infância".
"Existe no mundo uma tribo imensa, um pouco selvagem, um pouco estranha, de certa forma pouco estudada por antropólogos e historiadores, e à qual todos nós pertencemos, num tempo mais ou menos longínquo, conhecendo-lhe hábitos e práticas, ritos, folclore, textos sagrados… Falamos, bem entendido, da infância.
Esta Exposição parte de um trabalho em histórias de vida feito com seniores. Utilizando como suporte os scrapbooking vão dar-se a ver memórias significativas da infância que viveram, transformando-a em objetos artísticos com a ajuda de alguns artistas plásticos que se convidam para integrar o projeto."

“Quarto escuro”
Exposição dos trabalhos que decorrem do Projeto "Anotar os Dias – Os abraços da Lua" que este ano procura trabalhar as memórias do tempo em que a vida se fazia sem luz elétrica.
"Exposição que recorda o tempo em que, noite dentro, a lua e as estrelas eram os únicos pontos vibrantes e o resto eram sombras.
Na cozinha acendiam-se candeias, candeeiros lagareiros, candeeiros de petróleo… Mas nenhuns conseguiam realmente deitar a cabeça à rua, eram de perna curta e por isso, quando se saía, havia medo, medo do escuro, porque nesse escuro vibravam bruxas, lobisomens, seres deste mundo e do outro. As mulheres, sentadas ao lume, fiavam a lã e o linho, remendavam camisolas, punham fundilhos nas calças dos mais novos. Não raro também se pegava no terço, se ofereciam os mistérios e se dava início à recitação. Vivia-se junto. Às vezes, se o tempo assim o permitia, os homens iam até lá fora, e falavam de colheitas e sementeiras, mas às escuras, sempre às escuras, atentos à chegada dos tais lobisomens e bruxas.

“As avestruzes não entram nos contos de fadas”
Exposição dos trabalhos em resposta ao Desafio “Primeiros Voos”
"Partindo do título de um livro de Gilles Bachelet “As avestruzes não entram nos contos de fadas” os alunos criaram uma pequena história, feita de palavras e de ilustrações, capaz de despertar nos mais novos uma verdadeira ternura por esse mundo de criaturas desengraçadas e desengonçadas.
Nos trabalhos expostos certamente encontramos os ritmos, as sonoridades, as repetições, os modelos simbólicos, as cores e as luzes que os alunos envolvidos foram buscar à memória criadora, mas também aos conhecimentos dados em sala de aula, despertando as suas potencialidades, desafiando as suas limitações, numa experiência artística capaz de contribuir para a descoberta do imaginário e para o reforço do incentivo intelectual.
Como se tal não bastasse ainda ofereceremos às avestruzes um lugar nos contos de fadas.

Autoria: Alunos do 10.º G, da Escola Secundária Henriques Nogueira, sob coordenação das professoras Rosário Lucas e Sandra Ferreira.

“Tudo e mais alguma coisa”
Com esta Exposição pretende-se reforçar a ideia de que todos somos capazes de desenvolver processos criativos, dando-se assim a conhecer os trabalhos que decorrem de atividades propostas pela Fábrica das Histórias – Casa Jaime Umbelino a diferentes escolas e instituições. Com esta metodologia permite-se, a todos os participantes, ganharem confiança, cometendo a proeza e a glória de olharem com orgulho para os seus trabalhos tal como nós olhamos para as estrelas que brilham no fundo dos seus olhos.