Torres Vedras

Agenda

Um mês, um autor ... David Mourão Ferreira (1927-1996)

Mostra Documental

Até 31 de março 2015

Exposição David Mourão-Ferreira na Mostra Documental da Biblioteca Municipal

Evento já ocorrido

Local: Biblioteca Municipal de Torres Vedras

Poeta, ficcionista, ensaísta, crítico literário, dramaturgo, tradutor e professor universitário.
Licenciado em Filologia Românica, em 1951. É enquanto estudante que participa no MUD Juvenil, que trava conhecimento com José Régio, António Manuel Couto Viana e Fernanda Botelho, que como ator e como autor tem atividade no Teatro-Estúdio do Salitre, que publica os seus primeiros ensaios, designadamente nas revistas Seara Nova e Ocidente, que dirige as folhas de poesia Távola Redonda (1950) e que publica o seu primeiro volume de poesia, A Secreta Viagem.

Foi professor na Escola Comercial de Veiga Beirão e no Liceu de Pedro Nunes.
Entre 1957 e 1963 foi assistente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde foi readmitido, como professor auxiliar, em 1970. Marcou gerações de estudantes na regência das cadeiras de Teoria da Literatura e de Literatura Portuguesa.
Exerceu funções governativas como secretário de Estado da Cultura no VI Governo Provisório (1976) e nos I (1976-77) e IV (1979) Governos Constitucionais.
No âmbito da atividade de divulgador e a orientação, preocupada com um grande sentido pedagógico, que a partir de 1984 deu ao Boletim Cultural do Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas da Fundação Calouste Gulbenkian, Serviço de que foi diretor a partir de 1981.


Em 1974-75 foi director do jornal A Capital e logo a seguir director-adjunto de O Dia, sob a direção de Vitorino Nemésio; entre 1984 e 1986 foi presidente da Associação Portuguesa de Escritores, entre 1984 e 1992 foi vice-presidente da Association Internationale des Critiques Littéraires e, em 1991, presidente do Pen Club Português.
Os anos oitenta e noventa são de intensa atividade editorial e os que mais o premeiam dos quais destacamos: a As Quatro Estações foi em 1980 atribuído o Prémio da Crítica da Association Internationale des Critiques Littéraires; a Um Amor Feliz, que vai na décima segunda edição (em 1997), foram em 1986 atribuídos o Prémio de Narrativa do Pen Club Português, o Prémio D. Dinis, da Fundação da Casa de Mateus (ex-aequo com Mário de Carvalho), o Prémio de Ficção Município de Lisboa e o Grande Prémio de Romance da Associação Portuguesa de Escritores; em 1988, Nos Passos de Pessoa recebe o Prémio Jacinto do Prado Coelho, e a Obra Poética: 1948-1988 recebe o Grande Prémio Inasset de Poesia.
Em 1976 foi distinguido no Brasil com a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco.
É já muito doente que em 1996 é condecorado pelo primeiro-ministro português com a Grã-Cruz de Santiago de Espada.
Poucas vezes um escritor terá visto a sua morte tão publicamente anunciada, tão mediatica, mas sinceramente, chorada.


Texto baseado
LISBOA, Eugénio, compil. - Dicionário cronológico de autores portugueses. rev. e aumentada.
Mem Martins: Europa América, 1998, Vol. V
BMTV 821.134.3 DIC


Atividade Gratuita


Publicado: 27.01.2015 - 14:12 horas
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